Bases para uma educação ambiental orientada para a diminuição do risco e aumento da resiliência das comunidades aos incêndios florestais em Portugal

  1. Almeida Colaço, Maria da Conceiçâo
Dirigida por:
  1. Pablo Ángel Meira Cartea Director
  2. Francisco Castro Rego Codirector/a

Universidad de defensa: Universidade de Santiago de Compostela

Fecha de defensa: 23 de junio de 2017

Tribunal:
  1. José Antonio Caride Gómez Presidente
  2. Javier Benayas del Álamo Secretario/a
  3. H. Botelho Vocal

Tipo: Tesis

Resumen

Esta tese aborda o papel da educação ambiental na diminuição do risco de incêndio florestal focando-se sobre dois grupos de intervenientes no mundo rural: os técnicos florestais e a população rural. Primeiramente, realizou-se um levantamento do que foi feito em Portugal no campo da educação ambiental para a floresta bem como da educação para a redução do risco. Analisou-se seguidamente a percepção de risco e os constrangimentos para a acção preventiva por parte da população, tendose concluído que as três comunidades portuguesas estudadas têm uma elevada percepção de risco. Para além disso, a motivação para realizarem acções no terreno são influenciadas por factores, tanto individuais (expectativa negativa dos resultados) como colectivos (“os meus vizinhos não limpam não serve de nada eu limpar”). Estes resultados permitiram identificar as linhas de acção para que a população diminua os seus comportamentos de risco, os quais são a origem de muitos incêndios florestais em Portugal, bem como actue no terreno visando a sua autoprotecção face aos incêndios e a promoção de uma gestão florestal activa e preventiva. Os técnicos florestais intervêm no território e as suas atribuições laborais incluem a área da educação e sensibilização. Estes factores levaram a que se realizasse um levantamento das suas necessidades formativas, confrontando-as com as diferentes actividades profissionais e a sua formação universitária ao nível da licenciatura e mestrado. Concluiu-se que as maiores discrepâncias entre o que é importante para o desempenho profissional e a preparação dos técnicos, encontram-se na dimensão humana da gestão dos recursos florestais, nomeadamente na integração da componente social da percepção do risco por parte da população na gestão de risco de incêndio. Concluindo, a educação ambiental deve também concentrar-se em levar a população rural a interagir com os agentes locais e a encontrar soluções conjuntas para promoverem a acção preventiva contra os incêndios florestais.