Recurso a la medicina popular en la población adultaRecurso à medicina popular na populaçao idosa
- Dominguez, María de Fatima Pereira dos Santos
- Florencio Vicente Castro Director/a
- María Isabel Fajardo Caldera Director/a
Universidad de defensa: Universidad de Extremadura
Fecha de defensa: 11 de diciembre de 2009
- Juan Alfredo Jiménez Eguizábal Presidente
- Guilhermina Dias Carvalho Secretario/a
- Lurdes Goncalves Lucilia De Vocal
- Enrique Barcia Mendo Vocal
- Javier Marcos Arévalo Vocal
Tipo: Tesis
Resumen
Neste trabalho pesquisa-se o recurso à medicina popular pela população idosa do concelho de Bragança. No estudo o recurso à medicina popular foi avaliado por um questionários que serviu de guião para as entrevistas, que elaboramos com base num, questionário que avalia a opinião dos Portugueses acerca da sua saúde, efectuado pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa (2001), inquérito nacional de saúde efectuado pela Direcção Geral de Saúde (1995), guia de campo para o estudo de curandeiros e um questionário sobre a atenção recebida pelos curandeiros ambos elaborados e utilizados por Amezcua (1992). Em termos metodológicos, para dar resposta à questão proposta, optou-se por uma abordagem quantitativa e qualitativa, observacional, descritivo analítico-transversal com uma vertente exploratórial. Foi constituída uma amostra de 343 idosos dos vários centros de dia e lares de idosos oficiais do concelho de Bragança. De acordo com os resultados, destacamos algumas conclusões do estudo: - Como consumidores de cuidados de saúde utilizam uma série de recursos populares de cura tais como: inalações; infusões, emplastros; cataplasmas; bálsamos; bruxas; videntes; endireitas e padres. - Para 71,4% dos idosos o poder de cura e de promover "milagres", está de alguma forma dependente do respeito pelas entidades religiosas e, 56% dos idosos recorrem a práticas mágico-religiosas para obter a cura e/ou a prevenção de determinadas situações de doenças. - Para 36,6% as doenças podem ter origem em feitiçarias e maldições. As doenças da cabeça e o cancro levam 10,5% dos inquiridos a admitir que se voltariam prioritariamente para Deus em busca de protecção e cura. - Os "ossos fora de sítio", o "mal de inveja", o "mau-olhado", "coxo/problemas de pele", "estrampalhado" e a falta de apetite são as situações de doença que levam alguns idosos a admitir recorrer prioritariamente a um curandeiro. - Foram identificados como principais "determinantes" de recurso à medicina popular as seguintes variáveis: grau de escolaridade, situação económica, recurso ao curandeiro, doenças crónicas, relações familiares, e estado de saúde.